Isadora Duncan nasceu em São Francisco, foi uma dançarina e revolucionária que em 1900 negou o balé clássico alegando ser um genero absurdo, não natural, e criou uma nova dança, que chamou de dança livre.
Em um de seus espetáculo pelo mundo, em turnê pelos Estados Unidos ela dançou com os pés descalços, cabelos soltos com uma túnica vermelha transparente.
Estimulada pela ostilidade do público, ela insistia em seus discursos a favor da liberdade e da Rússia.
Muitos espectadores deixavam a sala antes do final do show, chocados por sua seminudez.
Perderam o ponto alto do espetáculo que foi quando ela avançou para o proscênio do Symphony Hall, fazendo voar em torno da cabeça sua ampla túnica de seda vermelha, e mostrando os seios nus, exclama:
"Olhem! isto que é a beleza!Essa túnica é vermelha! Eu também sou vermelha, pois é a cor da vida e do vigor. Os americanos são selvagens, mas nunca me deixarei domar por eles. A verdadeira vida não esta aqui."
Alguns minutos depois, aos repórteres que estavam em torno dela no Copley Plaza Hotel, Isadora declara:
"Se minha Arte simboliza alguma coisa, é a libertaçao da mulher e sua emancipação. A mulher deve libertar-se das estreitas convenções que constituem a trama do puritanismo da Nova Inglaterra... Preferiria dançar completamente nua a pavonear-me em roupas sugestivas, como fazem hoje tantas americanas. A nudez é a verdade, é a beleza, é a arte. Eis por que nunca poderá ser vulgar... Meu corpo é o templo de minha arte. Exponho-o como um altar para o culto da beleza."
"Querem que lhes diga qual é o mal que corrói os puritanos de Boston? É sua hipocrisia."Isadora havia conseguido por uma cidade inteira contra ela, o prefeito a declarava indesejável na cidade. Seu empresário estava enfurecido.
Nova etapa de sua turnê: Chicago
No final da apresentação: "Meu empresário me disse que se eu voltasse a fazer discursos a turnê estaria cancelada. Pois bem, a turnê está cancelada. Vou voltar a Moscou, onde existe vodca, música, poesia, dança... E a liberdade!."
